domingo, 22 de maio de 2011

Educação tem jeito????

   Ter orgulho de assumir para familiares e amigos, ou onde quer que seja, o que se faz e onde se trabalha deveria ser uma realidade para todo e qualquer trabalhador. Cresci ouvindo que o trabalho dignifica o homem, mas será que isso é verdade? Não sei dizer...
    Acabei de assistir um vídeo divulgado youtube que traz o depoimento de uma professora do Rio Grande do Norte colocando a sua triste realidade de trabalho e eu, infelizmente, assim como outras colegas de profissão pensei "A minha é pior.."
    Tenho uma profissão que em sua essência é uma das mais bonitas: sou professora/educadora. Passei, assim como pessoas de muitas outras profissões, anos estudando em uma universidade pública conceituada da Bahia. Me esforcei, e ainda me esforço, busco sempre estudar e me especializar para exercer cada dia melhor a minha profissão. Amo o que faço, mas as situações que são colocadas são desestimulantes.
    A professora do vídeo apresenta seu salário, R$ 930,00, na minha cidade isso é um alto salário, seja você um trabalhador da rede pública ou de algumas escolas particulares. O salário é o mínimo por cada 20 horas trabalhadas em sala de aula, não havendo na maioria das vezes tempo dentro dessas horas para o professor planejar e estudar, o que significa que tem que se trabalhar em casa pra dar conta do que se é exigido em sala de aula.
    Não se percebe nem cheiro de mudança...As condições das escolas públicas são as piores, os professores que trabalham em Zona Rural passam por situações de perigo de vida real; e até mesmo os do perímetro urbano, pela violência que já existe dentro da escola. Não existe valorização do profissional professor, reconhecimento...O que existe são exigências de que o professor dê conta do conteúdo, ensine verdadeiramente as crianças, façam com que elas acertem tudo na "Provinha Brasil", mas como fazer isso em escolas em condições precárias, sem o mínimo material para o trabalho. Mas, o professor precisa mudar a realidade daquelas crianças...Como? Como mudar a realidade dos outros se a sua não é boa, se a sua não muda? 
   Professor se tornou uma profissão indesejada, por uma simples coisa, você não ganha o suficiente para se manter, você ganha muitas vezes para trabalhar. Os jovens dentro da universidade fazem o curso de Pedagogia não para ser professor, mas por que foi a forma mais fácil de se conseguir um diploma de nível superior, e aqueles que fazem por desejo de seguir a profissão se desencantam com a realidade da profissão antes mesmo de se formarem, ou se formam e não exercem,  e quando exercem é por pouco tempo até buscarem uma nova coisa.
    E o governo continua mascarando a realidade com propagandas fantasiosas que não enganam nem eles mesmos...Confesso ser eu uma pessoa apaixonada pela educação, por ensinar, mas confesso também que não farei isso pela minha vida toda, pois o reconhecimento e a satisfação que recebo dos meus alunos infelizmente não são o suficiente para manter os meus estudos em especialização, um padrão de vida razoável e tudo o mais que é necessário para viver bem.Infelizmente a realidade da educação no Brasil é triste, a realidade dos professores é de dar dó, e trabalhar só por amor e vocação não dá, porque trabalhamos também para garantir nosso sustento.
     Sonho eu com o momento em que no Brasil se possa viver de educação, viver bem. O momento em que você diga que é professor e as pessoas não sintam de você uma certa pena, e nem tentem te convencer de que você deveria ser outra coisa.
      Eu sou professora, tenho orgulho de ser, amo o que faço, acredito que a educação é capaz de mudar a realidade das pessoas, mas não acredito em uma educação que maltrata o responsável por fazê-la acontecer, não acredito em uma educação que tira o prestígio do profissional professor, que não gera no mesmo satisfação, que gera doenças, que gera violência e que gera desesperança.
      Esse foi só mais um dos meus pensamentos, um desabafo mediante o vídeo da professora do Rio Grande do Norte. Se ainda não viu o vídeo assista ele ai abaixo do texto.

Renata Melo


quinta-feira, 19 de maio de 2011

Registro de uma história de amor - "Eu teria um desgosto profundo se faltasse o Flamengo no mundo"

Todo mundo já amou, se apaixonou...E por diversas coisas, afinal não dedicamos nosso amor somente a pessoas do sexo oposto (ou do mesmo sexo - afinal pro amor não há regras). Já amei, amo e felizmente continuarei amando sempre.
Mas, eu irei registrar uma história de amor, não um amor por alguém, mas por algo maior que me faltam palavras para descrever. Amor pelo Clube de Regatas Flamengo, amor que não sei quando começou mas tenho certeza que não tem data pra terminar, é pra sempre.
Essa história de amor começou desde muito cedo, no meu nascimento, filha de pai Flamenguista ouço o hino do Mais Querido desde o berço, conheço suas cores e cresci ouvindo suas histórias.
Confesso que essa história de amor teve momentos de inércia, onde assumia ser Flamengo, mas não acompanhava o amado. Coisas da idade eu diria, mas depois dos meus 15 anos passei a compreender de forma real e prática que o amor exige dedicação, atenção, cuidado e fidelidade. Foi a partir dessa compreensão que a minha história de amor ganhou momentos marcantes, cada jogo, cada gol, cada contratação, até mesmo em cada derrota esse amor se mostrou mais forte.
Um amor que sofreu preconceito, pois muitos diziam que futebol não é coisa de mulher, que nós não entendemos de futebol, que não somos capazes de entender o que é um impedimento, pura bobagem. Me dediquei e passei a buscar conhecer o futebol e principalmente mais da história do meu amor. Já sabia muito, sempre ouvi meu pai contar do mundial de 81, gols de Zico, Júnior, do jogo que ele assistiu no Maracanã, e tantas outras histórias, mas conhecimento nunca é demais e livros, revistas e DVD's me ajudaram a conhecer o meu amor.
Hoje já adulta, formada,uma professora, me identifico como uma Flamenguista fanática, não perco um jogo pela TV (gostaria que fosse no estádio), escuto a resenha esportiva, gasto metade do meu salário com o meu amor, desmarco qualquer compromisso para ver meu Mengão jogar. Ler sobre ele? Todos os dias. Tenho minhas leituras diárias que começam no site do meu amor lá no blog do meu amigo Mércio (exemplo de Flamenguista), passa pelo Urublog e vai por onde falar do meu amor. Ainda escuto por onde vou criticas a essa história de amor, mas ela é sólida e não há quem a destrua.
"Eu sempre te amarei, onde estiver estarei, ó meu Mengo..."
É um amor pra vida inteira e sem medidas, amor de verdade.
Essa é, e continuará sendo, a história do meu amor.
"Uma vez Flamengo, sempre Flamengo (...) Flamengo até morrer eu sou!"
Pensei no Flamengo, no meu amor..."Penso e logo digito"


Renata Melo S.R.N.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Mudando um pouco

O blog mudou de nome, mudou-se um pouco a idéia inicial dele que era mais restrita, seria um blog somente sobre minha profissão...agora não, vou escrever sobre aquilo que penso seja lá qual for o tema... dessa forma acredito quer o blog vai ficar muito mais minha cara...uma pessoa dinâmica que pensa e tem opiniões sobre tantas coisas, e acredito que todas elas são válidas e merecem ser compartilhadas...aguardem postagens toda semana...vou tentar...e conseguir...

Renata Melo

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Estrelas na Terra

"Toda criança é especial"
Isso eu já sabia né?? Mas é sempre bom compreender de uma forma melhor.
Adoro livros, não costumo estudar com filmes, mas nos últimos módulos da Pós - Graduação estão sendo indicados alguns filmes e eu resolvi assistí-los. Dentre tantos que vi o que mais me tocou foi um filme indiano indicado por minha professora de Dificuldades de Aprendizagem (Josane Moraes), um filme que trata de Dislexia, uma das mais complicadas das dificuldades.
O filme conta a história de um menino chamado Ishaan que era portador (esse não é o termo mais indicado) de Dislexia, porém nenhum de seus professores nunca descobriu, ou ao menos conseguiu perceber que algo acontecia com ele que merecia uma investigação, ou mínima atenção. O filme mostra o sofrimento dessa criança que é rotulada de preguiçosa, desinteressada, desde seus pais até seus professores. 
No decorrer do filme ele encontra em seu caminho um professor que o enxerga com outros olhos, observa seu comportamento, seus cadernos, sua forma de agir; e esse professor por ter tido a mesma dificuldade que esta criança não teve dificuldade em reconhecer o que havia com ele e conseguiu convencer a escola e os pais a deixá-lo trabalhar com essa criança.
Esse professor reconhece o talento dessa criança, conquista sua confiança e consegue ajudá-lo e mostrar a todos que aquela criança era especial e sana a sua dificuldade.
O mais importante deste filme na minha visão não está somente em informar sobre a Dislexia, mas principalmente em mostrar a necessidade do professor ter sobre seu aluno um "Olhar Sensível", um olhar investigativo...rótulos não geram aprendizagem, bloqueiam aprendizagem.
Nossas crianças precisam de professores que mesmo diante de 40 alunos, consigam com sua sensibilidade e afeto enxergar suas particularidades. Isso não significa resolver problemas que não são de sua competência, mas enxergá-los e transportá-los para quem é capaz de resolvê-los.
Também sou professora e estou em sala de aula, sei que não é fácil observar certas particularidades diante da rotina que é imposta nas escolas, mas é possível. Muito mais fácil é enxergar os problemas que existem em nossos alunos, do que ver os nossos alunos como um problema, o que vai atrapalhar o andamento do nosso trabalho e principalmente o desenvolvimento das nossas crianças. Não temos "alunos problema" e sim alunos com problemas...
Não deixem de assistir "Estrelas na terra - Toda criança é especial." Ele está disponível em diversos sites da internet podendo ser baixado gratuitamente.
É uma boa pedida para formação pessoal e profissional. Fica a dica, interessante não só para professores, mas para todos que convivem com crianças e adolescentes.
"Você encontrará seu propósito, onde encontrar felicidade."

Renata Melo

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Escola é...

Paulo Freire um dos maiores educadores que o Brasil e o mundo
já viu definiu em um poema o que para ele deveria ser a escola:

“Escola é

... o lugar que se faz amigos.(...)
Não se trata só de prédios, salas, quadros,
Programas, horários, conceitos...(...)
Escola é sobretudo, gente."
         Para Paulo Freire a escola deveria ser um lugar de alegria, de tranquilidade, formador de amizades, local seguro, tranquilo e feliz. Local onde os pais saem para trabalhar com seus corações em paz pois sabem que deixaram seus filhos NA ESCOLA. Porém é de conhecimento, não só meu que vivo na área de educação, mas de todos que observam a sociedade de maneira critica. Há muito sabe-se que a escola não é mais um lugar tão seguro como já foi, ou talvez deva ser, a pedofilia, as drogas, a violência em si, já pulou os muros dessa instituição há muito tempo e o que se sente é que acredita-se ainda que a escola está ilesa de tais coisas.
 Fecham-se os olhos e os ouvidos diante dos problemas bullying, que a cada dia geram situações de agressão, dos traficantes que
vendem drogas em volta das escola, e 
até mesmo dentro delas, casos de pedofilia a cada dia sendo descobertos, 
ainda assim as 
escolas estão de portas abertas e escancaradas para quem quiser entrar 
sem nenhuma fiscalização ou ao menos certeza
 do que a pessoa vai fazer dentro da instituição. 
As crianças, adolescentes e professores, 
assim como toda a comunidade escolar fica a 
mercê da própria sorte. 
E o que comprova tudo o que digo é o caso acontecido na manhã
 de hoje no Rio de Janeiro, que chocou o país,e ganhou como 
atenção da presidente dias de 
luto e solidariedade. No momento o povo está chocado 
e enquanto a mídia estiver mostrando e explorando o caso tudo vai
 ser lembrado, e depois?
Depois que cair no esquecimento e entrar para as estatísticas 
de casos de chacina no Brasil... 
Essa escola provavelmente voltará a funcionar da mesma
forma que sempre funcionou, vulnerável. 
Soluções para o problema são difíceis de se dar, 
mas é fato que as escolas não podem permanecer tão vulneráveis o quanto
 estão, é necessário além de materiais e métodos a segurança.
         Deseja-se, e eu como professora também desejo, 
uma escola com materiais para se trabalhar, muitas crianças, 
salas amplas e tudo o mais que é necessário para que 
o professor exerça a sua função maior de Educar. 
Mas, educar com medo não possibilita aprendizagem.
 A escola foi feita para os aprendizes, e aprender 
sugere clima favorável, e
clima favorável quer dizer ambiente seguro em todos os aspectos.
Não adiante que tenhamos os mais variados programas 
de ensino-aprendizagem que jamais alcançaremos de maneira
 efetiva os índices que o governo busca que sejam alcançados.
        Na visão de muitos polícia e escola jamais caberiam no mesmo 
espaço, mas hoje vê-se que é necessário a segurança,
e se ela só pode ser dada por força policial a mesma terá 
que entrar na escola e fazer parte de seu cotidiano.
        Professor não deve ser profissão de risco,
 escola deve significar segurança, 
e pais e mães precisam ter garantida a certeza
 de que seus filhos voltarão bem todos os 
dias para casa, que pelo menos dentro da escola ele podem
 sim enxergar a possibilidade de um futuro melhor para as crianças. 
Assim a escola vai ser lugar de gente, de amor,
 de paz e principalmente de construção de conhecimento,
 formação critica, certeza de mudança de mentalidade. 
Educar é formar cidadãos, é formar pessoas capazes de viver no mundo, 
é dar sentido a vida... 
Educação é sim o mais importante em um país,
 prioridade principal...
Pena que no Brasil parece ser diferente.
Me pergunto sempre onde isso vai parar?
 O que será necessário acontecer? 
Mas, não enxergo respostas...
Encerro esse post, que foi mais um desabafo, 
com mais uma frase de Paulo Freire
 e com a esperança firme
de uma educadora apaixonada pelo que faz e certa de que só a educação
 é capaz de mudar a situação que vivemos, 
mas uma educação que aconteça numa escola segura de verdade.

"A educação sozinha não transforma a sociedade,
 sem ela tampouco a sociedade muda."
                                                                                                                                         Paulo Freire

           
         Renata Melo

terça-feira, 1 de março de 2011

Diferentes situações nos levam a diferentes aprendizados

Sempre soube que professor não sabe tudo, e digo isso sempre, até encho dizendo isso. Mas, sempre falei com relação a conhecimentos específicos e ao pedagógico...
Em 2011, na minha nova turma me deparei com a necessidade de conhecer mais sobre uma determinada doença, tão comum, tão falada, ate próxima de  minha realidade já que a minha mãe precisa controlá-la, a tal da diabetes.
A diabetes que eu conhecia era somente aquela do uso do adoçante e do controle com remédios, lógico que eu sabia que existem pessoas que medem o açúcar, que tomam insulina, mas nunca convivi com nenhuma delas, ainda mais uma criança.
E neste ano convivo...a mãe e o pai são muito cuidadosos, mas o que me chama mais atenção é a responsabilidade da criança, uma maturidade incomum ate em adultos que apresentam doenças que precisam ser controladas. Observa seus próprios sintomas, os conhece, mede seu açúcar, observa sua própria alimentação, aplica insulina...sabe, uma disciplina.
No segundo dia de aula eu me vi sendo tranqüilizada pela própria criança, pois ela comunicou um sintoma e esperou minha reação, ao não ver resultado disse quais procedimentos deveriam ser tomados, tudo que eu deveria fazer. Foi ai que vi a necessidade de ler e buscar sobre o assunto.
É até, não sei se a palavra seria triste, mais só me vem ela a cabeça agora...é triste até ver as crianças se deliciando com jujubas e outros doces na sexta-feira e essa criança com uma disciplina invejável comer somente o seu lanche sem reclamar...existem doenças que criança não deveria ter...
A diabetes é uma doença que atinge todas as idades, é séria, exige cuidados e observação constante. Essa criança me fez pesquisar e ler sobre o que eu nem imaginava ler este ano, estou fazendo isso por necessidade, por obrigação, por zelo, por responsabilidade e por sentimento.
Sou responsável pelos meus alunos, somos responsáveis todos nós que somos professores, a partir da hora em que eles cruzam as portas da escola e seus problemas, suas necessidades acabam se tornando as nossas, por isso conhecer é preciso sempre, buscar sempre.
Acredito que diferentes são as necessidades que percebemos em nós diante dos mais variados casos trazidos pelas crianças, não somos médicos, mas convivemos horas com as crianças e precisamos entender o que se passa com elas. Evitamos assim problemas maiores, surpresas desagradáveis e cumprimos com maestria a missão de educar que está, queiram ou não, totalmente ligada ao cuidar.

"Todo o nosso conhecimento se inicia com sentimentos." 
Leonardo Da Vinci


Renata Melo

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Olhar sensível

“Um olhar sensível às alterações, que interpreta e transmite sensações. Ver não é apenas olhar o visível, é ver o invisível.”
Leonardo da Vinci

    O olhar sensível nos ajuda a ver além do que pode ser visto, parece estranho mas todos nós somos capazes de fazer e deveríamos fazer a todo o momento.
     Ver além das aparências e até mesmo além do que as pessoas nos mostram. O professor, ao meu ver, deve a cada dia exercitar o seu 'olhar sensível', pra assim enxergar seus alunos verdadeiramente.
      Na última segunda - feira (14/02) iniciaram-se as aulas na escola onde trabalho. O primeiro dia de aula, a primeira semana, é sempre carregada de ansiedade, nervosismo e expectativa. Nós professores vamos conhecer novos alunos, reencontrar os antigos, viver um novo ano.
    Acredito que na primeira semana de aula desenha-se a relação entre professores e alunos, é a semana onde o professor deve apurar ainda mais o seu olhar sensível pra conseguir enxergar cada criança em particular, como ser único, cativar cada uma, conquistar cada uma e traçar as primeiras linhas de um diagnóstico ( Dinâmicas de interação, conversas informais, pequenas produções orais e escritas, ajudam a conhecer e fazer um diagnóstico inicial).
    Planejamos tudo sempre antes das crianças entrarem na sala de aula, tudo já é pensado e preparado, porém tudo pode ser mudado de acordo com o perfil da turma, e o professor tem que estar pronto para isso. Assim como nós estamos recebendo novos alunos eles estão recebendo novos professores e pra que a relação professor-aluno se contrua de forma sadia, resulte em aprendizado, é imprescindível a consciência de que as crianças são seres pensantes que trazem muita coisa pra nos ensinar e devem ser respeitadas em suas particularidades e não inclusas em um modelo de aula, de planejamento que já faço desde o início da minha carreira. 
    Cada criança deve ser vista a sua maneira, com um 'olhar sensível', investigativo, disposto a buscar, enxergar. Opiniões formadas, conceitos pré-estabelecidos não fazem mais parte do professor do século XXI. Acredito, e tento por em prática, a educação da sensibilidade, da humanidade, dos valores. A educação que abrange as dimensões do cognitivo mas não esquece o ser humano. Uma educação baseada em quatro simples palavras usadas pelo mestre Paulo Freire: Esperança, Humildade, Amor e Solidariedade; elementos que fazem parte do 'Olhar sensível' do educador

Uma dica: O Diário de Bordo é um instrumento que ajuda bastante o professor a conhecer melhor os seus alunos. Escrevendo nele um pouquinho a cada dia, sobre cada criança e a turma em geral, ajuda a traçar um perfil e na construção futura de relatórios coletivos e individuais.

Renata Melo